Você já se perguntou por que, mesmo com milhares de candidatos disputando uma vaga no ensino superior, ainda há tantas oportunidades disponíveis?
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é a principal porta de entrada para as instituições públicas no Brasil, mas, em 2025, cerca de 80 mil vagas permaneceram sem ocupação.
Isso levanta questões importantes sobre o acesso ao ensino superior e as políticas de seleção.
Com mais de 1,3 milhão de inscritos e uma taxa de ocupação de 97,4% na chamada regular, o Sisu 2025 apresentou números impressionantes.
No entanto, o fato de ainda existirem vagas remanescentes mostra que há desafios a serem superados.
Políticas como o remanejamento de cotas e o aumento de inscrições contribuíram para esses resultados, mas ainda há muito a ser discutido.

Este artigo explora os motivos por trás dessas vagas não preenchidas, o impacto no ensino superior e o que isso significa para os estudantes e as instituições públicas.
Continue lendo para entender melhor esse cenário e suas implicações.
Principais Pontos
- O Sisu é a principal forma de ingresso em instituições públicas no Brasil.
- Em 2025, 80 mil vagas não foram preenchidas, mesmo com alta demanda.
- A taxa de ocupação na chamada regular foi de 97,4%.
- Políticas como o remanejamento de cotas influenciaram os resultados.
- O número de inscritos aumentou 3% em relação a 2024.
Entenda o cenário das 80 mil vagas não preenchidas no Sisu 2025
O cenário do Sisu 2025 revela dados intrigantes sobre o acesso ao ensino superior no Brasil.
Com mais de 1,3 milhão de inscrições, o processo seletivo mostrou avanços, mas também desafios.
A taxa de ocupação chegou a 97,4%, um aumento significativo em relação ao ano anterior.
Dados gerais sobre as vagas e inscrições
Minas Gerais liderou o número de candidatos, com 331.290 inscrições e 33.192 aprovados.
Já o Piauí surpreendeu ao preencher todas as suas 10.325 vagas, com Medicina sendo o curso mais concorrido.
A lista de aprovados também destacou estados como Rio de Janeiro e São Paulo.
O processo de remanejamento de cotas contribuiu para o aumento da taxa de ocupação em 6,6 pontos percentuais.
Isso permitiu que 17.337 alunos fossem aprovados além do número inicial.
Comparação com anos anteriores
Em 2024, a taxa de ocupação foi de 90,8%, enquanto em 2025, alcançou 97,4%.
O crescimento de 3% no número de inscrições também reflete o aumento do interesse pelo ensino superior.
Cursos como Medicina, Psicologia e Enfermagem continuaram entre os mais disputados.
Estado | Inscrições | Aprovados |
---|---|---|
Minas Gerais | 331.290 | 33.192 |
Piauí | 10.325 | 10.325 |
Rio de Janeiro | 28.058 | 28.058 |
São Paulo | 13.585 | 13.585 |
Esses números mostram que, apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito para garantir o acesso igualitário ao ensino superior.
O Ministério da Educação continua trabalhando para aprimorar o sistema de seleção e atender às demandas dos alunos.
Principais motivos para as vagas remanescentes no SISU
Apesar da alta demanda por vagas para graduação, alguns cursos e regiões enfrentam desafios para preencher todas as oportunidades disponíveis.
Isso ocorre devido a fatores como a falta de candidatos qualificados, políticas de cotas e questões logísticas regionais.

Falta de candidatos qualificados em cursos específicos
Alguns cursos, como Fisioterapia e Biomedicina, apresentam menor concorrência em determinadas regiões.
Por exemplo, na UESPI, foram registradas 1.499 inscrições para apenas 50 vagas em Fisioterapia.
Isso reflete a dificuldade em atrair alunos para áreas menos populares.
Impacto das políticas de cotas e remanejamento
A Lei de Cotas tem um papel importante na redistribuição de vagas não ocupadas.
Em 2025, 14.553 vagas foram preenchidas por ações afirmativas específicas das instituições.
Esse processo contribuiu para aumentar a taxa de ocupação, mas ainda há desafios para garantir o acesso igualitário.
Logística e desafios regionais
Instituições em regiões mais afastadas enfrentam problemas de infraestrutura, como a falta de verba para moradia estudantil.
Além disso, algumas universidades, como a UFBA e a UFRGS, resistem à adesão total ao Sisu por medo de aumentar o número de estudantes de outros estados. Esses fatores dificultam o preenchimento total das vagas.
Como o MEC está lidando com as 80 mil vagas não preenchidas no Sistema de Seleção Unificada – SISU
O Ministério da Educação tem adotado estratégias para garantir o preenchimento das vagas disponíveis no ensino superior. Entre as medidas, destacam-se as novas regras de remanejamento e o uso eficiente da lista de espera. Essas ações visam reduzir o número de oportunidades não preenchidas e ampliar o acesso dos estudantes às instituições públicas.
Novas regras de remanejamento e suas eficácias
As regras de remanejamento priorizam cotistas e, em seguida, abrem as vagas para ampla concorrência. Essa medida permitiu o preenchimento de 17.337 vagas na chamada regular.
Um exemplo prático é o curso de Medicina na UFDV, que teve 100% das vagas ocupadas sem o uso da lista de espera.
Além disso, o programa Pé-de-Meia Licenciaturas aumentou em 23% a procura por cursos de formação de professores.
Isso mostra como políticas específicas podem contribuir para o preenchimento de vagas em áreas menos procuradas.
O papel da lista de espera no preenchimento das vagas
A lista de espera é uma ferramenta essencial para garantir que todas as vagas sejam ocupadas.
O prazo para manifestação de interesse na lista vai de 27 a 31 de janeiro, e as instituições podem convocar candidatos até 20 de setembro de 2025.
Dados mostram que o número de chamadas foi reduzido de 15 para 2-3 em média, o que indica maior eficiência no processo.
Essa estratégia tem sido fundamental para garantir que os estudantes tenham mais oportunidades de ingressar no ensino superior.
Conclusão
O processo seletivo de 2025 mostrou avanços significativos, com uma taxa de ocupação recorde de 97,4%.
Isso reflete a eficiência do remanejamento e o aumento no número de estudantes aprovados.
No entanto, ainda há desafios, como a necessidade de melhorias na logística e assistência estudantil.
Para o próximo ano, espera-se a expansão do Sisu para mais instituições públicas, além de investimentos em bolsas e políticas de apoio.
Recomenda-se que os estudantes acompanhem a lista de espera até setembro, garantindo mais oportunidades de ingresso.
O Sisu continua sendo um mecanismo essencial para democratizar o acesso ao ensino superior.
Com mais informações e ajustes, o sistema pode se tornar ainda mais eficiente, beneficiando milhares de candidatos em todo o país.
FAQ
O que é o Sisu e como funciona?
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é uma plataforma do Ministério da Educação (MEC) que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior.
Os candidatos são selecionados com base nas notas do Enem e podem se inscrever em até duas opções de curso.
Por que existem vagas não ocupadas no Sisu?
As vagas remanescentes ocorrem devido a fatores como falta de candidatos qualificados, políticas de cotas, desafios logísticos e preferências regionais.
Além disso, alguns cursos têm menor demanda, o que contribui para o problema.
Como o MEC está lidando com as 80 mil vagas não preenchidas no Sistema de Seleção Unificada?
O MEC implementou novas regras de remanejamento e reforçou o uso da lista de espera para preencher as vagas. Essas medidas visam garantir que mais estudantes tenham acesso ao ensino superior.
Qual é o papel da lista de espera no Sisu?
A lista de espera é usada para convocar candidatos que não foram aprovados na primeira chamada.
Ela ajuda a preencher as vagas remanescentes, especialmente em cursos com menor demanda ou em instituições de regiões menos procuradas.
Como os candidatos podem se inscrever no Sisu?
Para participar, os candidatos devem acessar o site oficial do Sisu, escolher até duas opções de curso e fornecer suas notas do Enem.
O processo de inscrição é gratuito e ocorre em períodos específicos divulgados pelo MEC.
Quais são os principais desafios regionais no preenchimento das vagas?
Algumas instituições públicas enfrentam dificuldades devido à localização em áreas menos acessíveis ou com menor infraestrutura. Isso pode reduzir o interesse dos estudantes, resultando em vagas não preenchidas.
- março 28, 2025
- 8:30 am
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